O procurador da força-tarefa da Lava Jato Antonio Carlos Welter disse, em um evento na noite desta terça-feira (9), em Nova York, que a operação começou pequena há cerca de dois anos, mas conseguiu demonstrar que havia uma organização criminosa dentro da Petrobras que envolvia de políticos a empreiteiros, além de executivos da companhia e doleiros.
“Não se para mais de puxar o fio”, disse Welter, falando que a cada dia se descobrem mais coisas novas envolvendo a corrupção. “O caso da Petrobras começou de uma forma bastante pequena. Havia uma investigação envolvendo cinco doleiros”, afirmou o procurador, logo no início do evento, para uma sala lotada na sede da Americas Society/Council of the Americas em Manhattan. “O fio era pequeno e quando veio, não se para mais de puxar esse fio”, ressaltou.
A partir destes cinco doleiros, foi se chegando a diretores da Petrobras, a políticos, a empreiteiros. “Conseguiu se demonstrar que havia uma organização criminosa”, disse Welter, ressaltando que ela era composta por quatro grupos: grandes empreiteiras, funcionários da Petrobras, políticos (parlamentares e membros do governo) e doleiros.
“Por trás disso tudo estava a Petrobras sendo sangrada, a população brasileira sendo sangrada e também os investidores que compraram ações da Petrobras”, afirmou.
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