O vereador e vice-presidente da Câmara Municipal de Ilhéus, Luiz Carlos Escuta, protocola próxima terça-feira, 30, junto à Secretária Geral, projeto de lei que institui o dia 18 de setembro como o DIA MUNICIPAL DA CULTURA, numa justa homenagem ao saudoso ilheense diretor e ator de teatro, Pedro Mattos.

Considerado o 5º maior país do mundo em extensão territorial, o Brasil possui em sua história uma grande variedade de contribuições étnicas. Essa variedade nos tornou uma nação com uma extrema riqueza cultural. E, Ilhéus não é diferente!

Por esse motivo, foi escolhido o dia 18/09 para comemorar e conhecer um pouco mais da cultura local. A data também foi escolhida por um motivo muito especial, a comemoração do nascimento de Pedro Mattos. Ele foi um dos nomes mais influentes na história cultural do município de Ilhéus. “Esta data de 18 de setembro, Dia da Cultura local, é também para valorizar as nossas manifestações regionais”, pontua Escuta.

Segundo ainda o propositor, nesta mesmo projeto será apresentado um destaque especial de criação da Ordem do Mérito Municipal da Cultura, que, através de uma lei complementar, poderá dar as diretrizes desta ordem a ser entregue no Dia Nacional da Cultura, por acontecer.

PEDRO MATTOS, o irreverente

Pedro Mattos (1944-2002)

No ano de 1944, exatamente no dia 18 de setembro, nascia, na Rua Carneiro da Rocha 55, em Ilhéus, Pedro Augusto Vital Mattos, ou seja, no mundo artístico Pedro Mattos, e para seus amigos Pedrinho, que era o terceiro filho do casal Carlos Frederico Monteiro de Mattos e Aurora Vital Mattos, que também tinham mais dois filhos: Luciano Carlos e Lúcia Maria. Estudou no Instituto Municipal de Educação, IME, onde concluiu o curso ginasial, fez o científico no Colégio Manuel Devoto em Salvador e o clássico no Severino Vieira. Frequentava como ouvinte as aulas de teatro na Escola de Teatro, no bairro do Canela. Estimulado pelo teatrólogo Alberto D’Aversa foi estudar teatro em São Paulo onde fez o Curso Livre de Teatro na Faculdade de Comunicação Social Anhembi, em 1973, onde fundou o Grupo de Teatro Anhagá e dava aulas de arte dramática. No mesmo ano fez o Curso de Criatividade promovido pela ECA/USP. Em 1974 o curso de Publicidade e Teatro na Escola Superior de Propaganda e Marketing, e Teatro do Oprimido na Faculdade Álvares Penteado. Em 1976 Curso de Dinâmica Infanto-Juvenil, promovido pelo Instituto de Educação Integral, e curso de Mímica com Ricardo Bandeira em 1977, em 1978 “Dinâmica do Ser” pelo Instituto de Educação Integral e USP. Todos estes quando morava em São Paulo, onde além de teatro, fazia também cinema e televisão.

Vereador propositor Luiz Carlos Escuta, incentivando a cultura local. É o parlamentar de maior visibilidade no município, atualmente. E autor dos melhores e mais fundamentados projetos para a cidade de Ilhéus.

Voltando a morar em Ilhéus fez o Projeto Chapéu de Palha ministrado pela atriz Jurema Penna; curso de “Direção Teatral”, com Antônia Adorno e o Curso de Comunicação e Arte, na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). Também fez o curso de “Relações Humanas”, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 1972.

Durante dois anos, 1974 – 1976, participou de várias atividades como ator, participou da peça “Palhaços” de Timochenco Wehbi, produzida pela Temporal Produções Artísticas, com a direção de Fausto Fuser, percorrendo todo o Brasil numa campanha promovida pelo SNT – Serviço Nacional de Teatro. Em 1979 “A Cantora Careca”, de Ionesco, com produção da Faculdade de Comunicação Anhembi; “Som Lixo Luxo ou Transa Nossa”, criação coletiva apresentada na Sala de Bolso do Teatro Ruth Escobar, em 1970; “Barela”, de Plínio Marcos, produção da faculdade de Comunicação Anhembi em 1970; “A Morta”, de Oswald de Andrade, um estudo coordenado por Miriam Muniz, em 1976; “Um pedido de casamento” e “O Urso”, ambos de Anton Tchekhov, com produção do grupo Anhangá; “Daniel, Capanga de Deus”, filme de João Batista Reimão Neto, com Regina Duarte e Arduino Colassanti, em 1976/77; “O Balão da Alegria”, infantil, de Fausto Fuser e Sérgio Sá, em 1978/79.

Em 1979, por problemas de um câncer na garganta, retornou a Ilhéus onde desenvolveu muitos trabalhos no teatro amador, como também em Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e por ai a fora.

Em Ilhéus participou de várias atividades: “A Bruxinha Que Era Boa”, de Maria Clara Machado, direção de Eliane Sabóia, em 1960 e em 2000; “Essa agora, Mister Esso”, no Teatro Popular de Ilhéus, em 1961/62; ”Zé da Silva, homem livre?”, também pelo Teatro Popular de Ilhéus, em 1963/64; “Enfim Sós”, comédia de Daniel Rocha, direção de Antonieta Bispo, apresentada no Clube Cruz Vermelha em Salvador, em 1965; “O Boi e o Burro a Caminho de Belém”, de Maria Clara Machado, com direção de Équio Reis, nas escadarias da Catedral em 2000; “Paixão de Cristo”, no papel de Herodes, com direção de Équio Reis, no Estádio Municipal de Itabuna, em 1986.

BUSTO NA PRAÇA PEDRO MATTOS

O vice-presidente Luiz Carlos Escuta irá propor ao chefe do executivo, Dr. Mário Alexandre, via projeto indicativo, colocação de Busto do teatrólogo Pedro Mattos, no centro da Praça que também leva o seu nome (Em frente ao TMI).

MARCO DOS 500 ANOS – FUNDAÇÃO DE ILHÉUS

Vila de São Jorge dos ilheos, 1536 – 2036

Com o apoio da SECULT, o vereador Luiz Carlos Escuta vai  propor a Criação de uma Comissão Mista de Organização dos 500 anos de fundação de Ilhéus, através de Decreto do Executivo, para lançamento da pedra fundamental da contagem regressiva para os 500 anos da cidade. Essa ideia começa a nascer em preparação para o aniversário de cinco séculos das Terras do Sem fim. “Procuraremos o chefe do executivo para que possamos discutir esta importante e salutar visão de futuro, e quiçá, com uma agenda de compromisso pautada para os próximos 18 anos”, destaca o progressista Escuta.

PAWLO CIDADE, “MULTIMÍDIA”, NOSSA REFERÊNCIA EM PROJETOS CULTURAIS.

Secretário Pawlo Cidade, atual responsável pela pasta da Cultura no município de Ilhéus. Um exemplo de competência, seriedade e compromisso com a Cultura.
Pawlo Cidade é ilheense, pedagogo, especialista em Educação Ambiental, diretor e autor de teatro, com mais de 30 espetáculos montados. Dentre eles, destaque para “Cangaço”, “Capitães do Morro”, “O Mímico” e “Partida”. É autor de 13 livros, entre eles “A Casa de Santinha”, “Mistério na Lama Negra”, “O Tesouro Perdido das Terras do Sem Fim”, “O Santo de Mármore”, “O Caminho de Volta”, “Como Transformar a Cultura em um bom Negócio”.
Fez estudos aprofundados em Gestão e Projetos Culturais, pela Fundação Getúlio Vargas, em parceria com o Ministério da Cultura, entre os anos de 2009 a 2012. Foi Coordenador Cultural e Diretor da Divisão Cultural da Fundação Cultural de Ilhéus, 2008 a 2012; Presidente do Fórum de Agentes e Empreendedores Culturais do Litoral Sul; presidente do Colegiado Setorial de Teatro da Bahia; presidente do Conselho Municipal de Cultura de Ilhéus; membro da Academia de Letras de Ilhéus, ocupando a cadeira nº 13, que antes pertencera à Zélia Gattai e Jorge Amado; foi professor de Produção Cultural e Sistemas Municipais de Cultura do Curso de Gestão Cultural da Universidade Estadual de Santa Cruz; atualmente é secretário de cultura de Ilhéus.
Fonte: www.jornaldoradialista.com.br