Pré-candidato do PT ao governo da Bahia, o senador Jaques Wagner disse que não tem dialogado com o Republicanos, mas não descartou a possibilidade de ter conversas com a legenda a fim de ter apoio na corrida eleitoral de 2022. Legenda ligada à Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), o Republicanos hoje integra o grupo político do prefeito de Salvador, Bruno Reis, e do ex-prefeito soteropolitano ACM Neto, ambos do União Brasil.

Perguntado pela Tribuna se é verdade que tem conversado com o Republicanos, Wagner respondeu, por meio do aplicativo de mensagens WhatsApp: “negativo”. Já, quando questionado se pretende dialogar com o partido, o senador petista disse: “Diálogo com todos. É minha marca na política”.

De acordo com o jornal O Globo, o partido da IURD costura um apoio à pré-candidatura de ACM Neto ao governo da Bahia. No entanto, segundo o diário carioca, pessoas ligadas ao Republicanos também afirmam que há conversas do partido com Wagner, que tenta atrair a legenda para a chapa petista. O Republicanos foi aliado ao PT baiano nos dois mandatos de Wagner como governador, entre 2006 e 2014, e afastou-se na atual gestão de Rui Costa (PT), mas segue tendo quadros com afinidade com o senador petista.

Nesta semana, em entrevista à imprensa na capital baiana, o ministro da Cidadania, João Roma (Republicanos), demonstrou o desejo de permanecer no partido e ter o apoio na disputa ao governo da Bahia. Segundo Roma, parte da sigla, inclusive, tem incentivado sua pré-candidatura ao Palácio de Ondina. Ele não divulgou os nomes dos integrantes do Republicanos que apoiam sua empreitada.

“O que nós estamos tratando no Republicanos é acerca de como vai marchar o partido na Bahia. Está, cada vez mais forte, a vertente que eu devo avançar na candidatura ao governo, dando suporte a eleição do presidente Bolsonaro. É natural que tanto o Republicanos quanto o PL tenham…. Da mesma maneira que a gente tem dado suporte ao presidente Bolsonaro nacionalmente, (é natural) que, em cada estado, a gente possa construir um palanque de apoio ao presidente Bolsonaro. Ainda não me manifestei acerca disto, uma vez que nós estamos buscando essas tratativas internas dentro do partido. (Há) perfeita harmonia tanto com o presidente nacional Marcos Pereira quanto com o presidente regional Márcio Marinho”, afirmou o ministro, durante um ato em Salvador, onde o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, assinou contrato para aquisição de vacinas Covid-19 da Pfizer para 2020.