Sob o tema “Força, poder e resistência”, a Prefeitura de Ilhéus abriu o II Seminário de Relações Étnico-Raciais, no Salão Nobre do Palácio Paranaguá, na noite da última segunda-feira (21). O evento integra as comemorações em alusão ao Novembro Negro e reforça as ações tocadas pelo Município em prol da luta da população negra pela ampliação de direitos, democratização de espaços de poder e tomada de decisão.Marcando presença na solenidade, o vice-prefeito Bebeto Galvão destacou a relevância social da campanha e da representatividade negra na formação da sociedade ilheense. O ato também contou com a participação da deputada estadual eleita, Soane Galvão, do secretário de Cultura, Geraldo Magela, vereadores, representantes do Executivo, do Quilombo Morro do Miriqui, de entidades religiosas, da OAB, UESC, UFSB, Conselho Municipal de Cultura e sociedade civil.

A palestra “Democracia e Multiculturalismo”, ministrada pelo presidente da Fundação Pedro Calmon, Zulu Araújo, abordou questões ligadas à inclusão social, promoção e valorização da identidade negra no Brasil. A iniciativa reúne rodas de conversa, apresentações culturais e shows musicais.

 

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“Debatemos democracia e multiculturalismo como elementos que se imbricam. Um para garantir a liberdade da reivindicação e o outro para garantir aquilo que é a essência da alma dos brasileiros, a cultura como expressão do que de melhor podemos construir”, afirmou o vice-prefeito.

Durante sua fala, Bebeto explicou ainda que a atual gestão chamou para si a responsabilidade de refletir sobre os caminhos para superação da pobreza, do racismo e das desigualdades.

“Dados recentes apontam que entre os mais pobres estão mulheres e homens negros que não têm acesso à educação. O Novembro Negro enquanto uma ação política busca tencionar o debate para que políticas públicas efetivas sejam realizadas no sentido de promover a equidade e oportunizar aos nossos jovens, mulheres e homens acesso aos instrumentos da educação e cultura como elementos suficientes para promover a transformação em suas vidas”.

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Soane Galvão ressaltou a importância de assegurar os espaços de poder e decisão pelas comunidades de matriz africana e afro-brasileiras.

“A gente precisa reconhecer no outro o ser humano e mais do que nunca precisamos lutar por políticas inclusivas. A sociedade brasileira é composta por 56% de pessoas negras e essa realidade precisa ser vista sob todas as perspectivas. Esse é o momento de conscientizar a todos de que o racismo existe e precisa ser combatido em todos os espaços”.

Programação – O Festival segue nesta terça (22) e quarta-feira (23), durante todo o dia, com palestras e apresentações culturais, no Palácio Paranaguá. Na próxima sexta-feira (25), a Prefeitura promove um mega show da Banda Olodum, no Centro de Convenções Luís Eduardo Magalhães, às 20h. O evento gratuito contará com apresentação da Banda Dilazenze, Banda Quizila, dos artistas Cijay, Billyfat e convidados.

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