A advogada Yasmin Maria Silva Oliveira acusa o diretor executivo da marca de cosméticos Amavia, cuja sede fica em Lauro de Freitas, de agressão física e ameaça de morte. A profissional afirma que o homem, identificado como Carlos Nunes, socou o seu rosto, além de dar chutes, pontapés e até um mata-leão no cliente, que tentava pedir demissão da empresa. A situação aconteceu na última quinta-feira (10). Por meio de nota, Carlos afirmou que as “alegações são caluniosas” e que “as medidas judiciais e administrativas cabíveis já estão sendo adotadas”.

Em entrevista à TV Bahia, nesta segunda-feira (7), Yasmin afirmou que tudo aconteceu num segundo contato com a Amavia, em uma reunião que tinha como objetivo encerrar o contrato de trabalho. Ela afirma que tentava a finalização do vínculo de forma “amigável” e extrajudicial. “Colocaram a gente numa sala diferente da reunião. Apartada, sem câmeras, distante da porta”, contou ela.

A advogada afirma que a supervisora do RH da empresa, de prenome Simone, entrou em contato  para convidá-los à reunião. No local, contudo, Simone afirmou que não haveria acordo. Em seguida, a mulher teria dito que o diretor executivo gostaria de falar com eles. “Nesta sala, ele perguntou se a gente estava gravando a ligação. Respondemos que não. Imediatamente ele começou a agredir meu cliente. Peguei o celular e foi quando ele me deu um murro”, afirmou a mulher, que ressalta já ter prestado queixa na 23ª Delegacia (Lauro de Freitas).

Veja íntegra do posicionamento de Carlos Nunes
“Tenho uma caminhada de luta, sou negro, nascido e criado no bairro da Liberdade e, sempre pautei a minha história na ética e no respeito, bem como na valorização do ser humano, tenho orgulho da minha história e não me curvarei à chantagens e nem serei conivente com nenhum ato ilícito.

Ao tomar conhecimento das declarações emitidas, as refuto completamente, visto que jamais ocorreram da forma contada, o que será provado judicialmente, porque não tenho dúvidas de que a Verdade, prevalecerá.

Assim, contesto todas as alegações caluniosas publicizadas e repudio qualquer tentativa de manchar a minha imagem e a de uma empresa com princípios sólidos e alicerçados na diversidade e no respeito aos direitos humanos, sobretudo das mulheres.

Informo, ainda, que as medidas judiciais e administrativas cabíveis já estão sendo adotadas e, restará devidamente comprovado, que as acusações são infundadas e inverídicas”.