A trajetória e as idéias de Haroldo Lima – um dos principais dirigentes do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), é contada pelo ex-deputado constituinte Aldo Silva Arantes, no livro Haroldo Lima coragem e dedicação à luta do povo, que será lançado na próxima terça-feira (17/05), às 18h, no Sindicato dos Bancários, em Itabuna. “É com orgulho que recebemos em nossa cidade esse brilhante autor que fez com tanta veemência a biografia desse grande líder comunista baiano”, celebrou o presidente do PCdoB de Itabuna, Wenceslau Júnior.

Segundo ele, a obra oportunizará aos conterrâneos conhecerem as lutas, a coragem, a dedicação das causas democráticas, dos direitos humanos e dos trabalhadores e do socialismo do militante comunista Haroldo Lima. “São essas causas que nos move, move nossa vida e nossa luta por um país melhor e igual para todos. Que o exemplo deixado por esse memorável líder popular possa fazer multiplicadores”, disse.

A história de Aldo Silva Arantes é dividida em três partes: a vida de Haroldo Lima em Caetité, a filiação no partido comunista e a resistência à Ditadura Militar. Os textos e imagens que, integram o livro possui relatos escritos pelo líder comunista baiano que faleceu em março de 2021, vítima da Covid, sem conseguir ver suas memórias publicadas.

Segundo Aldo Arantes, além das suas qualidades como gestor e político, Haroldo Lima também era um grande “contador de histórias. “Adorava recitar as poesias de Patativa do Assaré. Quando relatava um caso, ele o fazia de tal forma que despertava o interesse de quem o ouvia”, revelou, acrescentando que, na biografia estão registrados, pelas mãos do próprio Haroldo, muitos destes casos que deve despertar o interesse e a emoção de todos os que o lerem.

Haroldo Lima era advogado e mestre em Ciência Política. Foi integrante da Juventude Universitária Católica (JUC) e da Ação Popular (AP), presidiu a União Nacional dos Estudantes entre 1961 e 1963 e ingressou no PCdoB em 1972, com a incorporação da AP, e desde então integra o seu Comitê Central. Em 1976, após a Chacina da Lapa, foi preso e torturado pela ditadura militar e exerceu em quatro oportunidades o mandato de deputado federal pelo estado de Goiás, tendo sido um dos deputados Constituintes de 88.