Um ataque suicida deixou três mortos em Kampala, capital de Uganda, nesta terça-feira (16). Pelo menos 33 pessoas ficaram feridas, sendo que cinco delas estão em estado grave, segundo o porta-voz da polícia Fred Enanga.

À agência Reuters, um diplomata informou que dois agentes estão entre as vítimas. Além disso, sabe-se que, até o momento, não houve reivindicação da autoria do ataque, mas a polícia aponta membros das Forças Democráticas Aliadas (ADF), alinhados ao Estado Islâmico, como responsáveis pelo ataque.

O primeiro ataque ocorreu perto da delegacia central. Um dos homens-bomba deixou dois mortos. O segundo ataque, com dois homens-bombas em uma moto, matou outra pessoa.

Um jornalista da Reuters viu carros queimados atrás do cordão policial formado no local do ataque, e um repórter do canal local NTV Uganda afirmou ter visto dois corpos na rua. De acordo com Enanga, o porta-voz, a polícia antiterrorismo prendeu uma outra pessoa que se preparava para realizar um outro ataque.

A facção somali al Shabaab, ligada à al-Qaeda, realizou uma série de atentados em Uganda no passado, incluindo um, em 2010, que deixou 70 mortos, em uma provável reação à participação de soldados de Uganda no combate ao al Shabaab como parte de uma força de paz da União Africana com apoio da ONU. Já as ADF, fundadas por ugandenses muçulmanos, são hoje muito ativas nas montanhas da vizinha República Democrática do Congo, onde vêm sendo culpadas pela morte de milhares de civis.

No mês passado, o Estado Islâmico assumiu pela primeira vez a responsabilidade por uma explosão em Uganda — um atentado a uma delegacia em Kampala em que ninguém foi morto.

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