O Brasil e a Organização dos Estados Americanos (OEA) defenderam nesta segunda-feira (10) a realização de eleições na Venezuela como uma saída para a crise social, política e econômica que o país enfrenta. A pressão internacional sobre a Venezuela cresceu nos últimos dias depois que a mais alta instância judiciária do país revogou, temporariamente, as funções do Parlamento.

A Organização dos Estados Americanos (OEA) considerou a iniciativa, que foi revista dias depois, uma “grave alteração” da Constituição. O secretário-geral da entidade, Luis Almagro, se reuniu nesta segunda com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Aloysio Nunes. Ao final do encontro, ambos fizeram uma declaração à imprensa.

Nunes disse que é preciso insistir no calendário eleitoral e na liberação dos presos políticos. Defendeu também que sejam mantidas as prerrogativas da Assembleia Nacional da Venezuela.
“É fundamental insistirmos, como temos insistido, na urgência da confirmação do calendário eleitoral. O povo precisa falar. A voz do povo é central na solução da crise venezuelana”, declarou o ministro.

O secretário-geral da OEA, Luis Almagro, afirmou que eleições são a única saída para a crise institucional enfrentada pelo país sul-americano, que, segundo ele, precisa de um governo legítimo.