O ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, enviou uma mensagem de parabéns a Lula pela vitória no primeiro turno da eleição no Brasil.

Conhecido por perseguir a imprensa, fechar igrejas, impedir cidadãos de ir à missa e prender seus adversários para disputar sozinho as “eleições” no país, ele enviou uma mensagem escrita em “linguagem inclusiva”, com palavras como “tod@s” e “companheir@s”, a carta assinada por Ortega e Rosario Murillo —que acumula os cargos de mulher do ditador e vice-presidente— chama o petista de “companheiro” e “irmão” e diz “te conhecemos lutando”.

“Este primeiro momento de triunfo para as famílias e o povo do Brasil, que se levantam com esperança e as vozes de gigantes, anima e alenta a tod@s nós. Parabenizando você e o Brasil, nos congratulamos sabendo que o mundo pertence a quem luta e que estamos realizando as transformações necessárias, com coragem diária”, prossegue a carta de Ortega.

A relação entre Lula e o amigão ditador da América Central já foi lembrada mais de uma vez por Jair Bolsonaro, que chegou a prometer asilo a padres nicaraguenses durante seu discurso na Assembleia-Geral da ONU, no mês passado.

Leia, abaixo, a tradução da íntegra da carta de Ortega e Murillo a Lula:

“Querido companheiro e irmão Lula:

Te conhecemos lutando… te conhecemos lutando… e sabemos que, para todos nós, a luta continua e a vitória é certa.

Este primeiro momento de triunfo para as famílias e o povo do Brasil, que se levantam com esperança e as vozes de gigantes, anima e alenta a tod@s nós. Parabenizando você e o Brasil, nos congratulamos sabendo que o mundo pertence a quem luta e que estamos realizando as transformações necessárias, com coragem diária.

Estamos com vocês, com Rosângela [Janja], Dilma [Rousseff], Gleisi [Hoffmann], Mônica [Valente, a secretária de Relações Internacionais do PT] e tod@s @s companheir@s do PT, percorrendo novos caminhos para os novos tempos de alegria e bem-estar, de confiança e lucidez, de vida e de verdade, para seu povo e para nosso continente.

Abraços fortes, fraternais, solidários,

Daniel Ortega Saavedra e Rosario Murillo”