O ministro do STF Flávio Dino liberou neste domingo (29) o pagamento de emendas de comissão que já haviam sido empenhadas antes da suspensão decretada no dia 23 de dezembro, justificando a medida como necessária para evitar insegurança jurídica. No entanto, Dino manteve o bloqueio de 5.449 indicações de emendas, totalizando R$ 4,2 bilhões, por descumprimento de normas legais.
Dino apontou “nulidade insanável” nas indicações bloqueadas, afirmando que não atendem ao devido processo legal. Ele destacou que as emendas sem suporte normativo violam o princípio constitucional do orçamento. Além disso, o ministro fixou um prazo de 10 dias úteis para que o Senado se manifeste sobre as alegações da Câmara, que havia argumentado que as regras foram cumpridas com o aval do Executivo.
A decisão ocorre em meio a tensões entre Legislativo, Executivo e Judiciário, agravadas após Dino ordenar a suspensão das emendas e pedir à Polícia Federal que investigue irregularidades. O debate sobre a transparência e rastreabilidade das emendas segue no centro das discussões, com impacto na aprovação do Orçamento de 2025, que será analisado no próximo ano.
Sem Comentários!
Não há comentários, mas você pode ser o primeiro a comentar.