Só este ano, 10 denúncias de fraudes desse tipo foram feitas em, pelo menos, três universidades públicas da Bahia. Além da UFRB, há casos relatados nas universidades estaduais do Sudoeste da Bahia (Uesb) e de Santa Cruz (Uesc).

Na UFRB, quatro processos já estão em andamento para investigar oito denúncias referentes a uso indevido de cotas socioeconômicas e raciais. Todos os casos são de estudantes que ingressaram em 2015.2, no curso de Medicina, após cursar três anos do Bacharelado Interdisciplinar em Saúde.

Em Vitória da Conquista, na Uesb, a Justiça condenou a estudante Maiara Aparecida Oliveira Freire, 26 anos, a dois anos de prisão, em primeira instância, por fraudar o sistema de cotas da universidade. Segundo o Ministério Público do Estado, Maiara ingressou usou uma declaração de endereço falsa para ter acesso à concorrência de reserva de vagas para quilombolas.

Na Universidade Federal da Bahia (Ufba), ainda não há nenhuma denúncia formalizada, desde que as cotas começaram, em 2005, de acordo com o pró-reitor de graduação, Penildon Silva Filho. Para o pró-reitor, isso se deve ao fato de que o processo de recebimento de matrícula é muito rígido.