Os fazendários baianos lançaram sua campanha salarial 2021/2022 e estão se manifestando contra os sete anos de congelamento dos salários. Na última quarta-feira (27), a categoria se reuniu em frente ao Prédio-Sede da Fazenda, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em protesto. O ato reuniu mais de 300 pessoas.

A manifestação atraiu não apenas servidores da capital, mas também de Feira de Santana, Alagoinhas, Juazeiro, Irecê, Vitória da Conquista, Ilheus, Itabuna, Jacobina, Teixeira de Freitas, entre outras cidades.

O Sindicato dos Servidores da Fazenda do Estado da Bahia publicou, na última segunda (25), que “apesar de o Estado bater recorde de arrecadação de ICMS por causa do trabalho realizado pelos fazendários – 28,5% sobre 2020 e 24,3% sobre 2019 – os servidores estão amargando uma enorme perda salarial”.

“Estes números da arrecadação e o baixo percentual da relação Despesa Total com Pessoal (DTP) / Receita Corrente Líquida (RCL), hoje em 36,9%, permite ao Estado reajustar os salários dos servidores”, afirma o diretor de Organização do Sindsefaz, Cláudio Meirelles, que é auditor fiscal do Estado. Ele informa que esse percentual é quase 10 pontos abaixo dos 46,17%, que é o limite prudencial definido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

No protesto de quarta (27), os fazendários cobraram do governo estadual a reposição dessas perdas salariais. Segundo eles, de acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), é necessário um reajuste de 45% para que o salário dos servidores recuperem o poder de compra de janeiro/2015.

Diante da situação, a diretoria do Sindsefaz protocolou na Sefaz-BA um pedido de audiência com o secretário Manoel Vitório, para apresentar e discutir pontos da pauta de reivindicações da categoria, além de sugestões da entidade para o melhor desempenho da Secretaria.