A fila do programa Auxílio Brasil chegou a registar em novembro 128 mil famílias na espera, segundo levantamento realizado pela Folha de S. Paulo.

As famílias que estão na fila de espera tiveram seu cadastro aprovado pelo Ministério da Cidadania, responsável pelo programa, mas ainda não foram atendidas. Não há informações, porém, o porquê do represamento das concessões.

A fila de espera começou o ano de 2022 zerada. Sem orçamento suficiente no programa, porém, a espera foi aumentando mês após mês e, em julho, atingiu a marca de 1,569 milhão de famílias.

Bolsonaro buscou ampliar o orçamento do Auxílio Brasil no segundo semestre, de olho nas eleições. O governo conseguiu manter as filas zeradas em agosto, setembro e outubro, meses de campanha eleitoral, além de expandir o número de famílias no programa de transferência de renda.

Em outubro, o número de beneficiários superou os 21 milhões, um recorde que se repetiu neste mês.

Ao turbinar o Auxílio Brasil, a campanha do presidente Bolsonaro esperava melhorar o desempenho eleitoral do presidente em regiões do país e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mostrava maior intenção de voto, o que não aconteceu.

Ainda segundo a Folha, bolsonaristas reconheciam que a medida era uma das principais apostas eleitorais da campanha. Também lamentavam que a ampliação do programa social tivesse sido adotada num período muito próximo à eleição, o que dificultou o objetivo de colher os dividendos eleitorais.