O ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmou em depoimento à Justiça Federal, nesta quinta-feira, 26, que não conhece Fernando Baiano e sua relação com Nestor Cerveró foi apenas profissional. O relato foi dado ao juiz Sérgio Moro na sede do Tribunal Federal, em Salvador, por videoconferência, no final da tarde.
De acordo com a assessoria da Justiça Federal na Bahia, o depoimento foi estritamente técnico e explicou a contratação dos estaleiros coreano e japonês para a construção de dois navios sonda para a Petrobras. Além de esclarecer o papel de Gabrielli como presidente da empresa de petróleo.
Gabrielli negou que tenha acontecido superfaturamento ou favorecimento nos contratos. Perguntado três vezes se conhecia Fernando Baiano, o ex-presidente disse não conhecê-lo, além de afirmar que ele não teria participado de negociações.
Gabrielli declarou que o conheceu Júlio Camargo, consultor do Grupo Setal e representante da Camargo Corrêa, durante as negociações com o grupo japonês Mitsui para a aquisição das sondas.
O ex-presidente também falou que sua relação com Nestor Cerveró foi sempre profissional. Lembrou que eles entraram juntos na diretoria da Petrobras em 2003.
Ele declarou que todas as decisões tomadas nesse caso foram feitas de modo colegiado, com a participação de toda a diretoria da estatal e com parecer do departamento jurídico e afirmou que não houve prejuízo algum para a Petrobras.
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