Pelo menos 500 profissionais da Rádio Nacional Argentina, que tinha contrato até o fim de 2023, foram cortados da estatal pelo governo de Javier Milei. Entre eles, estão jornalistas e artistas. A companhia tem mais de 50 emissoras de radiodifusão no país e, segundo o jornal Clarín, já precisou suspender alguns programas por conta das demissões.

O governo decidiu manter 700 postos de trabalho permanentes e pouco menos de 100 contratos. A medida de Milei faz parte de seu plano de reformar da gestão, conhecido como Lei Ônibus. Em dezembro, quase todos os dirigentes da estatal, que haviam sido nomeados pelo ex-presidente Alberto Fernández, renunciaram aos seus cargos.

Sindicatos já têm se reunido com as autoridades da companhia para tentar reverter a decisão ou garantir ao menos 150 dos 500 cortes. Mas as tentativas não estão surtindo efeito.

Durante sua campanha eleitoral, Milei chegou a defender a privatização de emissoras públicas argentinas. “A televisão pública se tornou uma mecanismo de propaganda”, disse à época, em entrevista à rádio Mitre.