Mais da metade da água potável de Salvador é perdida. Um levantamento do Instituto Trata Brasil mostra que 57% da água tratada pela Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) é perdida no caminho até a torneira do consumidor. As principais causas do desvio são ligações irregulares e problemas na rede de distribuição, como furtos e vazamentos, que fazem com que o percentual soteropolitano seja maior que a média nacional, atualmente em 36%.

A capital baiana assume o 11º lugar no ranking de cidades que mais perdem água. Na primeira posição está Porto Velho (RO), com 77% de perdas, e na última, Nova Iguaçu (RJ), com apenas 7,9%. A perda de água não se trata do desperdício que ocorre quando os consumidores deixam uma torneira ligada por muito tempo.

A menor perda registrada na capital baiana foi em 2015, quando 46% de toda a água potável não chegou aos consumidores. Desde 2016, o índice fica acima de 51%. Ainda de acordo com a pesquisa, a perda de água em Salvador está acima da média nacional desde o início da série histórica, em 2010.

O instituto responsável pelo levantamento é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), composta por empresas com interesse nos avanços do saneamento básico e nos recursos hídricos do país. Para realizar o levantamento, divulgado na segunda-feira (20), foram usados dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (Snis).