Morreu neste domingo (20) em La Plata, na Argentina, aos 93 anos, Hebe de Bonafini, líder e cofundadora das Mães da Praça de Maio. Desde 1970, a organização busca os desaparecidos da mais recente ditadura militar argentina, que ocorreu entre 1976 e 1983.

Hoje, a associação possui um instituto universitário, um jornal, uma rádio e uma livraria. Atualmente, as Mães da Praça de Maio também administram o centro cultural que funciona numa das ex-sedes clandestinas de tortura, a ESMA (Escola Superior de Mecânica da Marinha).

De acordo com a matéria da Folha de S. Paulo, Bonafini teve dois filhos desaparecidos durante a ditadura, e sua trajetória foi marcada pela luta e pelo ativismo em busca das vítimas. Era, ainda, conhecida por realizar comentários politicamente incorretos, como quando celebrou a queda das Torres Gêmeas nos EUA, em 2001.