Pesquisadores da Universidade de Glasgow, na Escócia, descobriram que padrões de sono anormais podem aumentar o risco de aumento de peso para quem é geneticamente predispostos à obesidade. Pessoas que dormiam demais estavam com quatro quilos além do peso considerado normal e aqueles que dormiam menos pesavam quase dois a mais.

Ou seja, dormir muito ou dormir pouco, se você tem casos de obesidade na família, pode ser um fator de risco. “No entanto, a influência das características adversas do sono sobre o peso corporal é muito menor naqueles com baixo risco de obesidade genética – essas pessoas parecem ser capazes de ‘escapar’ dos maus hábitos de sono, de certa forma”, salienta Jason Gil, médico do Instituto de Ciências Médicas e Cardiovasculares, no Reino Unido, à BBC News.

O efeito negativo foi observado independente da dieta ou de fatores sociodemográficos dos participantes, segundo a equipe de pesquisa. “Parece que as pessoas com alto risco genético para a obesidade precisam tomar mais cuidado com fatores de estilo de vida para manter um peso corporal saudável. Nossos dados sugerem que o sono é outro fator que deve ser considerado, juntamente com dieta e atividade física”, reitera Carlos Celis, um dos especialistas.