O Congresso acabou beneficiando 10 em detrimento a outros 25 partidos com a adoção de critérios diferentes para a divisão dos recursos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanhas.

Com a nova regra, o maior partido da Casa, o MDB, foi favorecido. O ganho da sigla foi de quase R$ 50 milhões. O PT teve prejuízo de quase R$ 18 milhões e o PSDB, R$ 4 milhões.

O Fundo Partidário e o chamado fundo eleitoral vão financiar campanhas das eleições deste ano. Esses fundos são abastecidos por recursos públicos: R$ 863 milhões para o Fundo Partidário e R$ 1,7 bilhão para o fundo eleitoral.

Há mais de 20 anos, porém, o que mais pesa na distribuição dos recursos do Fundo Partidário é o número de votos de cada partido na eleição para a Câmara dos Deputados: 95% do dinheiro é dividido de acordo com essa proporção. O restante é distribuído igualmente entre todas as legendas.

O fundo eleitoral, por sua vez, que foi aprovado às pressas em 2017 para poder valer já nas  eleições deste ano, criou quatro critérios de divisão: a parcela distribuída segundo a vontade expressa pelo eleitorado passou a ser de 35%. Nesse caso, quase dois terços do dinheiro vão ser destinados de acordo com o número de cadeiras que cada partido ocupava na Câmara (48%) e no Senado (15%) em agosto do ano passado.