O senador Otto Alencar (PSD-BA) comentou ontem a possibilidade de se lançar candidato à presidência do Senado após o fim do mandato ocupado por Davi Alcolumbre (DEM-RR), que não poderá se reeleger à chefia da Casa. O baiano afirmou que a chance só será possível se ele tiver unidade do partido.

“Ninguém se lança sozinho. Tenho tido conversa com vários senadores, inclusive de outros partidos, que me estimulam muito essa possibilidade. Mas para ser candidato a presidente do Senado, preciso ter a chancela e unanimidade dos meus pares, que são 12 senadores”, declarou em entrevista à Rádio Metrópole. Alcolumbre tenta eleger um sucessor do seu entorno político, cujo principal pré-candidato é hoje Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

O pessedista revelou que houve uma reunião na última segunda-feira onde se discutiu essa sucessão do senador Davi Alcolumbre. “Se ele fosse candidato, seria imbatível. Mas o STF não deu essa oportunidade, que é muito clara na Constituição Federal, que veda a reeleição. Não tem coisa mais clara que isso. Como disse a ministra Cármen Lúcia, é questão de português, não é nem de lei”.

Ele confirmou os rumores de que seu nome foi ventilado como possível candidato à presidência. Entre seus incentivadores, está o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), que não entrará na corrida interna, com eleição marcada para fevereiro de 2021. Contudo, na visão de Otto, é necessário buscar unidade entre os membros do bloco de oposição para viabilizar a eleição.

“Tive um apoio ontem de alguém que não quer ser candidato, que é o senador Tasso Jereissati. Uma candidatura ao senado, pela minha cabeça e experiência que eu tenho, só seria viável dentro de uma conjuntura de proporcionalidade. Eu não seria candidato a pau e pedra, buscando até uma desarmonia do colegiado de 81 senadores. A de Renan foi assim, a de Eunício foi assim, a do senador baiano ACM também foi assim, na proporcionalidade”, comentou.

“Eu não tomei a decisão de dizer ‘sou candidato’ porque antes disso preciso ter a chancela dos senadores do meu partido. Já fui estimulado a isso por alguns senadores de meu partido, mas outros não”, disse o senador.