A Polícia Federal acredita que o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o presidente afastado da construtora Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, negociaram parte do texto de uma medida provisória investigada pela Operação Zelotes.
De acordo com um relatório da PF, anexado a um inquérito da Operação Lava Jato, Azevedo e Cunha trataram diretamente sobre um trecho da medida, que tratava do lucro de multinacionais brasileiras obtido no exterior.
Segundo as conversas obtidas pela Polícia Federal, no celular de Azevedo, a construtora Odebrecht pode ter participado das negociações. Questionado sobre a suspeita, Cunha afirma que a medida provisória foi discutida com diferentes setores.
A medida provisória 627, que foi transformada em lei em 2013, é investigada pela Operação Zelotes. Nessa investigação, a polícia apura a possibilidade de a medida ter beneficiado montadoras de veículos instaladas no Brasil.
No inquérito da Lava Jato, porém, o relatório aponta a ingerência das duas construtoras, Andrade Gutierrez e Odebrecht, no texto que seria aprovado.
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