Caros amigos, estamos em momentos conturbados em nossa vida política, nossos representantes, eleitos pelo nosso voto se demonstram de forma indigna da confiança que depositamos neles. Voto não é uma carta branca para se atuar no legislativo municipal em busca de privilégios e se perder  em uma conduta, no mínimo, questionável.

Ouvimos e lemos, estarrecidos, acusações que nos coloca em uma situação de extrema indignação, uma decepcionante legislatura que não oferece respostas aos nossos anseios e necessidades cidadãs. O que houve? Onde estará a dignidade de nossos vereadores? Qual o motivo de não termos respostas a tantas acusações? Será que o antigo lema de nossos antepassados se torna pertinente e atual, “quem cala consente”?

Existe uma premissa, que tento seguir como parâmetro, o respeito a liberdade de cada um decidir, já que devemos ter em mente que o primeiro tribunal eleitoral deve ser nossa consciência, cada um de nós, e mais ainda quem elegemos como vereador, deve ter e exercer essa consciência perante esse tribunal. Vereadores, vocês foram eleitos, foram colocados para representar uma população e, mais ainda, quem tem esperança em votar em vossas excelências, e onde está vossas consciências, perderam a noção de seu papel institucional e moral perante quem os elegeu?

“Na casa das leis municipal é decepcionante, mais ainda, indignante que nossas leis sejam continuamente postas de lado, escamoteadas por interesses particulares de pessoas e grupos que se articulam para manter privilégios”.

Nós eleitores somos facilmente influenciados por características irrelevantes, ficou claro com o que estamos presenciando nessa decepcionante legislatura, como a aparência dos candidatos  e não percebemos as qualificações que são necessárias para nos representar na Câmara municipal.

Aguardamos, ainda esperançosos, as provas de tantas sérias acusações sem individualização, feitas de forma genérica alcança toda a Câmara e cria um ambiente que somente o afastamento de todos para averiguação poderia ser uma decisão digna, mas como não somos utópicos, não somos tão sonhadores assim, que a resposta dos que se importam com sua biografia, com quem os elegeu, com nossa cidade, dentro da Câmara municipal de Ilhéus, os leve a tomar decisões pautadas na justa causa, que sejam respostas prudentes e sábias.

Finalizo lembrando do Sábio Platão que séculos atrás nos deixou uma frase que se apresenta pertinente. “Deixe a virtude governar, não a paixão”.

*Lúcio Gusmão é professor de História, Filosofia e, colaborador/articulista do site JORNAL DO RADIALISTA.