Caros amigos, vamos continuar ampliando nossas reflexões sobre nosso papel cidadão em nossa cidade, a linda Ilhéus, e por que não dizer em nossa vida cotidiana.

Vamos entender a Resistência de um ponto de vista de ser uma força que movimenta nossas escolhas, nossas percepções de mundo, sendo bem literal uma “força que se opõe a outra”, mas que outra força seria essa que tento aqui refletir meus amigos?

A força da opressão e da imposição que nos trava, que nos impede de exercer nossa cidadania tão importante para que nossas famílias possam existir de forma digna, e que nossos esforços diários ao sair cedo para trabalhar não nos traga aquela sensação que, tenho certeza, muitos de nós tem no final de cada mês ao receber nossos salários, a sensação de que não vai dar, que falta muito para que nossos filhos e familiares possam ter o digno fruto de tanto esforço.

Nesse sentido é que temos que ter a consciência de que somos bem representados por quem elegemos em nossa cidade, por exemplo.

É meus amigos, nós não só existimos na hora e no tempo de campanhas eleitorais, nós existimos e resistimos, mas para que essa resistência e essa existência nos faça vibrar, nos faça ter a sensação de temos nossa vida em nossas mãos, o poder que nós entregamos aos nossos representantes eleitos, sejam eles o Prefeito, o deputado e nossos vereadores não pode extrapolar limites, não podem usufruir somente de benefícios e esquecer, como quase todos andam fazendo, de quem os coloca lá e que luta diariamente nessa resistência por viver de forma digna.

“Estamos longe e jamais seremos meras “propriedades” de um grupo ou de um sujeito que se colocou para ser um representante legítimo ao ser eleito. O poder não deve se apresentar nas malhas de nossa sociedade Ilheense como se esses “escolhidos” fossem nossos soberanos nos transformando em súditos em sua equivocada e perversa concepção de poder”.

Eis a importância de nossa Resistência como arma de existência, como é importante, desde já, tomar as rédeas e assumir nossa plena cidadania, é uma tarefa difícil, sei bem disso, mas que nosso fundamento não mais seja seguir promessas e tapinhas nas costas, não mais ver nossos esforços diários virar privilégios de quem jamais deveria esquecer de quem realmente importa em nossa cidade.

Nossos familiares dependem de nossa resistência e de nossa consciência para que tenham realmente um futuro digno. Ilhéus merece e nossa população mais ainda existir com dignidade.

*Lúcio Gusmão é professor de História, Filosofia e, colaborador/articulista do site JORNAL DO RADIALISTA.