O maior prêmio de arte-educação do Brasil, promovido pelo Instituto Arte na Escola, chegou à sua 23° edição. Voltado exclusivamente para professores de Arte do ensino formal, o Prêmio Arte na Escola Cidadã tem um único objetivo: identificar projetos transformadores. E neste ano, o nordeste teve destaque na premiação. Duas professoras baianas foram vencedoras do prêmio, e, além de serem contempladas com uma quantia em dinheiro, ganharam também um documentário sobre a trajetória de seus projetos. O lançamento desses filmes acontece na próxima quinta-feira, 24, às 19h, no canal do Instituto Arte na Escola.

Na categoria Educação Infantil, quem levou o prêmio foi a professora Ana Angélica Berenguer, de Lauro de Freitas (BA), com o projeto “Raízes Africanas na Educação Infantil: Resgatando a nossa Identidade e Valores”. Ao observar que uma criança branca não estava confortável em interagir com uma criança negra, Ana elaborou o projeto, com o propósito de desconstruir um pensamento preconceituoso desde o início da vida escolar.

Já a vencedora da categoria Educação de Jovens e Adultos (EJA), foi a professora Erotildes Oliveira, do município de Itapicuru (BA), com o projeto “Pertencimento com os Encantos do Cordel”, que surgiu através de uma preocupação com o alto índice de evasão nas turmas da comunidade escolar. Grande parte da população dessa região – inclusive os estudantes -, é de baixa renda e vive da agricultura. Com a intenção de resgatar o desejo de seus estudantes pelos estudos, Erotildes propôs uma conexão direta entre Escola x Arte, de modo que a leitura de Cordel se relacionasse com o modo de vida desse estudante, trazendo também a cultura nordestina como ponto de partida para ressignificar a paixão pelo aprendizado.

Cada projeto vencedor ganha uma bonificação em dinheiro, e um documentário que apresenta as práticas aplicadas em sala de aula e que inspiram tantos outros professores de arte do país. O lançamento acontecerá na próxima quarta-feira, dia 24 de novembro, às 19h no canal do IAE (youtube.com/InstitutoArtenaEscola). Estarão presentes Jaqueline Vasconcellos, coordenadora geral do Instituto e Roberta Estrela D’Alva, artista homenageada da edição.

No ano de 2022, o Prêmio Arte na Escola Cidadã trabalhou pela primeira vez em sua história com a linguagem teatral, tendo como sua homenageada a artista Roberta Estrela D’Alva, que fez uma apresentação artística de Slam (declamação de poesias ritmadas) durante a Cerimônia do Prêmio. Toda a identidade visual do Prêmio foi inspirada em fragmentos da peça “Antígona Recortada – Contos que Cantam sobre Pousospássaros”, bem como todo o material educativo elaborado pelo IAE para os inscritos no prêmio.

O Prêmio Arte na Escola Cidadã tem a missão de incentivar professores de arte, dando visibilidade para projetos que guardam em si a potência de transformar estudantes, cidadãos e comunidades. A premiação é destinada para projetos da Educação Infantil, Ensino Fundamental I, Ensino Fundamental II, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Nesta edição do prêmio, os projetos deveriam ter sido realizados nos anos de 2019, 2020 e/ou 2021, em escolas de ensino regular, públicas ou particulares, de todo o território nacional. Para a realização do prêmio, o Instituto Arte na Escola convoca comissões avaliadoras para selecionar professores de artes que desenvolvem projetos envolvendo uma ou mais linguagens artísticas (música, teatro, artes visuais, dança, etc.).

Estes documentários são resultado do XXIII Prêmio Arte na Escola Cidadã, que tem o objetivo dar visibilidade a projetos desenvolvidos por professores de Artes em exercício, bem como reconhecer e divulgar projetos exemplares nesta área de conhecimento. Este é um projeto do Instituto Arte na Escola (@iartenaescola), realizado pelo Governo do Estado de São Paulo através do Programa de Ação Cultural (ProAC) e patrocínio da Sky e da Iochpe Maxion.