“Um desrespeito enorme. Não me autodeclarei negão. Me autodeclarei pardo porque assim me vejo. Assim como em 2016, quando ele era meu chefe de gabinete, que estava ao meu lado, me apoiava em tudo, já tinha me autodeclarado pardo. Naquela época, não tinha fundo eleitoral, não tinha financiamento de campanha, não tinha cota”, respondeu Neto.

Após a resposta do candidato do União, João Roma insistiu nas provocação, chamando seu adversário de “afroconveniente” e declarando que ele não sabia a cor da própria pele. Em outro momento, o apoiador do presidente Jair Bolsonaro foi repreendido pelo candidato Kleber Rosa, que afirmou que a questão racial deve ser tratada com seriedade. “Deixe a piada para os outros. Nós, que somos candidatos, devemos tratar o tema com seriedade”, disse o candidato do Psol.

O candidato do PT também abordou o assunto, afirmando que a identificação racial de Neto fez a política baiana “se tornar um vexame nacional”. Jerônimo ainda saiu em defesa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Ibge). Isso porque, ao ser questionado durante uma sabatina sobre sua autodeclaração à Justiça Eleitoral, ACM Neto chegou afirmar que o erro não estava na sua declaração, mas sim no Ibge – que considera aqueles que se declaram pardos e pretos como pessoas negras.

A identificação racial de Neto e de sua vice, Ana Coelho (Republicanos) tem sido motivo de críticas de adversários. A candidata, no entanto, já alterou sua autodeclaração de parda para branca. ACM Neto continua com sua identificação e nega qualquer interesse com isso.