Personalidade ilustre e respeitada, o professor Carlos Roberto Arléo Barbosa faleceu na tarde deste sábado (19), aos 82 anos. A notícia do seu passamento comoveu a sociedade baiana, que reconhece a importância do trabalho desenvolvido ao longo das últimas quatro décadas para a história e cultura da região sul do estado. O professor Arléo deixa a esposa, Cláudia, cinco filhos: Roberto, Ronaldo, Renato, Rosana e Thiciano, nove netos, quatro bisnetos, uma legião de admiradores e um imenso legado para o ensino em Ilhéus.

O prefeito Mário Alexandre manifesta profundo pesar pela morte do educador e lembra a sua dedicação e o seu comprometimento com o resgate cultural e histórico do município. “Ilhéus perde um exemplo de mestre, ser humano e de cidadão. O professor Arléo Barbosa fez uma revolução no estudo de história e se tornou a memória da nossa cidade. Deus o acolha no Reino Celestial e na sua infinita misericórdia conforte a todos”.

Ocupante da cadeira número 19 da Academia de Letras de Ilhéus (ALI), Arléo Barbosa possuía extenso histórico acadêmico, sendo presidente da entidade, de 2009 a 2013, e professor da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), de 1974 a 2008, com Especialização em História Regional e História Contemporânea. Entre as obras publicadas por ele, destacam-se: Monarquismo e Educação (1972); Nhoesembé (1973); Ilhéus (2010) e Notícia Histórica de Ilhéus, cuja última versão foi publicada em 2013.

 

Arléo Barbosa

Nascido em Jequié, ele chegou à terra de Jorge Amado ainda na adolescência, recebendo o título de cidadão ilheense em 1986. Sua paixão pela educação fez com que fundasse o Colégio Fênix, em 1988, instituição de ensino tradicional na qual também integrava o quadro de docentes. Em 2004 foi homenageado com a entrega da Comenda do Mérito São Jorge dos Ilhéus, título dado a homens e mulheres que colaboram para o progresso do município.

O velório acontece na Loja Maçônica Vigilância e Resistência, na Avenida Itabuna. Ainda não há informações sobre o sepultamento.

“Tenho a sensação de que contribui com a história de Ilhéus. Principalmente quando vejo minha obra publicada em bibliografias de obras internacionais. É a sensação de que valeu à pena. E se tivesse que começar, faria tudo novamente” (trecho de entrevista concedida ao site A Região, em março de 2004).