O Supremo Tribunal Federal pode concluir hoje o julgamento do ex-presidente Fernando Collor (PTB). Mas, mdesmo que seja condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Collor ainda terá direito a apresentar recursos antes de uma eventual prisão.

A Corte formou maioria, na última quinta-feira (18), para condenar o ex-presidente e ex-senador por esses dois crimes. O relator do caso, ministro Edson Fachin, votou pela condenação por uma pena de prisão de 33 anos, 10 meses e 10 dias, inicialmente em regime fechado.

No entanto, o tamanho da pena e as suas condições  ainda serão definidos pelos ministros. Dias Toffoli, Gilmar Mendes e a presidente do Supremo, Rosa Weber, vão apresentar os seus votos.

Foram favoráveis à condenação de Collor, além de Fachin, os ministros Alexandre de Moraes, André Mendonça, Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Cármen Lúcia.

O relator também condenou Collor por integrar organização criminosa. Mendonça não votou por condená-lo nesse crime e entendeu que houve associação criminosa, delito que tem pena mais leve que o anterior.

Já Kassio Nunes Marques votou pela absolvição de todos os réus do processo. Ele considerou que as investigações se basearam em delações premiadas.

Há possibilidade de pedidos de vista que interrompam a tramitação do processo. O caso está próximo de prescrição.