Uma criança, que faria 3 anos no próximo mês de junho, morreu na madrugada deste sábado (16), nos braços do pai, que a levava, à pé, ao Hospital Maria Moreira Lisboa, em Itanhém.
O trabalhador braçal Roberto Alves da Silva, 33 anos, acusou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de ter negado atendimento.
Vendo que o SAMU não iria prestar o socorro a sua filha, Roberto chegou a chamar um vizinho que tem um automóvel. “Mas ele não acordou, aí foi eu e meu irmão com ela nos braços”, contou.
De acordo com o pai, a criança, que morava com a mãe na cidade de Medeiros Neto e estava na casa dele, no bairro Monte Santo, em Itanhém, havia quatro dias, apresentava um quadro inicial de bronquite. Por volta das 3h30 ela começou a passar mal e desmaiou. “Chamei o SAMU, tentei, tentei e não veio socorrer a menina”, explicou. “Ficou perguntando tanta coisa e eu não conseguia falar; a vizinha falou, mas não deu jeito, aí peguei ela nos braços e trouxe até o hospital”, completou.
O repórter Edelvácio Pinheiro refez de carro o trajeto que o pai e o tio da criança fizeram à pé até o hospital. Eles andaram quase um quilômetro, exatos 950 metros, mas a criança já chegou sem sinais vitais à unidade de saúde, de acordo com o pai.
O Radar58 fez contato com o SAMU, através do 192, às 10h37, e foi informado por uma atendente que a coordenação só poderia falar com a reportagem na próxima segunda-feira.
O corpo de Rafaela Santos Silva foi levado para Teixeira de Freitas, por uma equipe do Instituto Médico Legal. Não há informações sobre velório e sepultamento.
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