O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Polo Del Nero, voltou a ser alvo de investigação nos Estados Unidos por ter supostamente recebido propinas em 2014, quando assumiu o comando da entidade.
Os documentos que citam o mandatário são atualizações do processo que começou em maio de 2015. De acordo com os investigadores, a volta das menções a Del Nero, dois anos depois, deve ser interpretada como confirmação de que ele está no radar da Justiça e que pode ser preso, se deixar o Brasil.
A Justiça dos EUA chegou a emitir uma nota explicativa apontando que foram excluídos dos trechos de acusação dirigentes que fecharam acordos de delação ou que, como Del Nero, estão em países que não extraditam suspeitos. O documento foca no julgamento que começa em novembro envolvendo o ex-presidente da CBF José Maria Marin — que cumpre prisão domiciliar em Nova York —, Juan Napout e Manuel Burga.
“Em vários momentos, Marin, Del Nero, Teixeira e outros solicitaram e receberam propinas em troca de apoio” para contratos de transmissão de jogos, aponta a investigação. Del Nero foi arrolado na Copa do Brasil, em trama envolvendo ele, J. Hawilla e Marin. “Hawilla concordou em pagar metade do custo de propinas e distribuir entre Marin, Teixeira e Del Nero”, diz o documento.
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