Durante a pandemia da Covid-19, os bares, lanchonetes e restaurantes aboliram os cardápios físicos, para evitar a disseminação do coronavírus, e passaram a adotar apenas a versão digital, acessada por meio de QR Code, pelo celular. Essa medida era uma exigência dos poderes públicos. Só que mesmo com o fim do período de restrição sanitária muitos estabelecimentos seguem com o mesmo modelo, o que motivou o deputado estadual Euclides Fernandes (PT) a apresentar, na Assembleia Legislativa, um projeto de lei visando o retorno dos menus tradicionais.

O texto, que ainda será votado pelos deputados, proíbe a disponibilização, pelos bares, restaurantes, lanchonetes, hotéis, motéis e estabelecimentos similares que comercializem bebidas, refeições ou lanches, de cardápio ou menu exclusivamente digital, no âmbito do Estado.

Pela proposta, os estabelecimentos deverão, obrigatoriamente, dispor de cardápio ou menu impresso, em papel, plastificado ou não, além da versão digital, oferecendo opções ao consumidor.

“Os cardápios físicos são uma parte importante da experiência de ir a um restaurante. Eles são um elemento tangível que pode ser estudado, debatido e escolhido em conjunto com amigos e familiares”, disse Euclides Fernandes, acrescentando que nem todos têm intimidade com a tecnologia.

“Com efeito, é importante que os restaurantes mantenham os dois modelos disponíveis para que os clientes possam escolher a opção que mais lhes agrada. O cardápio físico não deve ser deixado de lado, já que ele é uma parte importante da tradição gastronômica e pode ser uma forma de oferecer uma experiência completa e inclusiva”, salientou o parlamentar,