Como se estrutura uma rádio universitária?

Existem vários modelos. Por um lado, podemos ver emissoras e televisões universitárias com um alto componente institucional, no que a organização e elaboração de conteúdos correm somente a cargo de profissionais. Por outro lado, estão os sistemas em que são os estudantes os que atuam com total independência.

Por último, existe um sistema misto – o mais utilizado pelas universidades – que combina certo grau de gestão e organização institucional com a participação ativa do estudiantado em labores tanto de programação como de realização.

A participação dos alunos costuma ser clave no desenvolvimento de projetos destas características, mas o fato de fazer parte de uma instituição universitária converte em importante que exista uma harmonização entre a missão e os objetivos da universidade e os da própria emissora, pelo que costumam estabelecerem-se mecanismos de coordenação. Estes se podem concretar em forma de reuniões periódicas, comitês assessores, coordenação desde os próprios motoristas da rádio ou outras fórmulas.

Algumas universidades restringem o acesso de alunos às colaborações em rádio, que permite a colaboração em sua emissora de matriculados de 3º e 4º de qualquer das

titulações dadas na Faculdade de Comunicação, sempre que superem uma determinada nota média e as pertinentes provas de seleção. A universidade, ademais, utiliza um sistema de rotações mediante o que seus estudantes vão exercendo diversas funções dentro da emissora.

E o financiamento?

Se a iniciativa recebe apoio institucional, o financiamento costuma correr a conta de alguma das partidas dos orçamentos da universidade, ainda que algumas emissoras já contam com patrocinadores que contribuem quantidades para manter os projetos. A consecução de fundos ou subvenções através da emissora ou de associações vinculadas a ela pode supor outro foco de rendimentos.

Como se trabalha na rádio?

O que mais pode surpreender a priori quando se conhece a forma de trabalhar destas emissoras é a grande quantidade de pessoas que colaboram nelas e que a fazem possível. Além de diversidade de programas de temática musical – que tocam desde o heavy, até o hip hop e música alternativa- e informativa sobre as atividades da universidade, as rádios emitem programação dedicada à ciência, a economia, a sexologia, a natureza, a literatura, a tecnologia, os esportes, a televisão e o cinema, entre outros. Os formatos que se trabalham nas rádios são variados e se experimenta com novas estruturas e ideias sem que o noticiário, o magazine ou a entrevista percam sua importância.