A presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, elogiou Taiwan nesta sexta-feira, prometeu solidariedade dos Estados Unidos (EUA) e disse que sua viagem pela Ásia, que levou a exercícios militares sem precedentes de uma China enfurecida, nunca teve como objetivo mudar o status quo regional.
Pelosi e uma delegação do Congresso estavam no Japão na última etapa de uma viagem à Ásia que incluiu uma breve e não anunciada parada em Taiwan, a ilha autogovernada que Pequim considera seu território, o que levou a China a realizar exercícios de tiro real em águas em torno de Taiwan, com cinco mísseis atingindo a zona econômica exclusiva do Japão.
Sua parada em Taiwan, a visita de mais alto nível de uma autoridade dos EUA em 25 anos, ocorreu no momento em que o Japão, um dos aliados mais próximos de Washington, está cada vez mais alarmado com o crescente poder da China no Indo-Pacífico e a possibilidade de Pequim tomar uma ação militar contra Taiwan.
“Dissemos desde o início que nossa representação aqui não visa mudar o status quo em Taiwan ou na região”, disse ela em entrevista coletiva após se reunir com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida.
“O governo chinês não está satisfeito que nossa amizade com Taiwan seja forte”, acrescentou. “É bipartidário na Câmara e no Senado, apoio esmagador à paz e ao status quo em Taiwan.”
A China condenou a viagem de Pelosi, que levou a delegação a Cingapura, Malásia e Coreia do Sul, além de Taiwan e Japão.
Segundo emissora estatal chinesa, os exercícios militares, que começaram na quinta-feira –um dia depois que Pelosi deixou Taiwan– e devem terminar no domingo, serão os maiores conduzidos pela China no Estreito de Taiwan. Os exercícios envolveram munição real nas águas e no espaço aéreo ao redor da ilha.
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