O presidente Jair Bolsonaro pediu no ano passado ao governo da China a troca de seu embaixador no Brasil, Yang Wanming, após pressão exercida pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. A solicitação ocorreu em abril e voltou a ser reforçada em novembro, após bate-bocas via redes sociais entre o diplomata e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, Pequim ignorou a solicitação brasileira nas duas ocasiões. No entanto, o governo da China fez chegar a autoridades brasileiras a informação de que seu embaixador no Brasil é um quadro conceituado do serviço público chinês.

Um membro do governo Bolsonaro argumenta que as declarações de Yang, contra Ernesto Araújo e os filhos do presidente, foram avalizadas pelas autoridades em Pequim, que têm instruído seus diplomatas no exterior a responder à altura diante de manifestações consideradas ofensivas ao regime.