Pré-candidato ao Senado pelo PL, a médica Raíssa Soares diz não ver problema na rejeição do presidente Jair Bolsonaro (PL) na Bahia. Conhecida após divulgar um vídeo, em 2020, que pedia ao presidente para implementar o uso de hidroxicloroquina no tratamento para a Covid-19, Raíssa acredita que o seu nome como pré-candidato surgiu “de forma muito orgânica”.

“Muitas pessoas que inclusive não concordam com as atitudes do presidente Bolsonaro são favoráveis e reconhecem o que eu fiz. A minha atuação frente à pandemia, que me fez atender muito casos, eu cuidei de muitas pessoas independente da sua decisão política, da sua raça ou cor. Então, Porto Seguro e várias cidades que vieram para cá perceberam que a minha intenção de ação era pela vida”, afirmou em entrevista ao jornal A Tarde, publicada nesta segunda-feira (18).

Raíssa foi também secretária de Saúde em Porto Seguro e deixou o cargo para disputar uma vaga no Senado. Ela reiterou que sua candidatura vem de seus posicionamentos e de suas realizações até então. “Então, eu entendo que eu componho uma majoritária com Bolsonaro e com (João) Roma. Mas meu nome foi feito pelo meu fazer, pela minha posição, e não foi por parceria, por exemplo. Não foi o próprio Roma que fez meu nome”.

“E a pessoa do presidente Bolsonaro, quando eu faço vídeo para ele em 30 de junho de 2020 pedindo a hidroxicloroquina, ali meu nome se tornou nacional, porque as pessoas viram a ousadia porque eu sabia que no Exército tinha. Mas eu acredito que essa disputa de pleito eleitoral vai acontecer naturalmente, e a decisão da cadeira do Senado não necessariamente vai vir em bloco, como historicamente vinha, que era governo e Senado junto”, acrescentou.

Nas pesquisas de intenções de voto para o Senado, o nome de Raíssa Soares tem variado em terceiro lugar e quarto lugar, com uma média de 6%. Em levantamentos recentes, ela aparece atrás de Otto Alencar (PSD), que lidera a disputa, e Cacá Leão (PP).

Já na pesquisa divulgada ontem pelo A Tarde, realizada pela AtlasIntel, o nome da médica aparece em segundo lugar, com 15,8% das intenções de voto, atrás de Otto (31,2%) e na frente de Cacá Leão (5,8%).