Com raízes do carnaval dos anos 80, pioneiros como Luiz Caldas, Acordes Verdes, Margareth Menezes, Márcia Freire e Daniela Mercury, fizeram por onde o Axé baiano contagiar o mundo, com sua energia e toque. Levando o Rit para o mundo, o tornando patrimônio histórico na cultura musical do Brasil .
Fazendo assim , um legado de artistas seguirem o rit e mesmo com o passar dos anos e novos surgimentos musicais , como o Sertanejo, Funk , Eletrônico , dentre outros, mantém o perfil musical do Axé vivo , ao longo dos anos.
Mas , o que é observado no decorrer dos últimos anos, é a chegada de novos seguimentos musicais e artistas de outros estados no carnaval baiano , sendo sempre bem recebido, uma vez que falar em Bahia é falar de diversidade e recetividade. Porém, o carnaval de Salvador , fez história com o Axé e bandas locais . O triste é observar que o carnaval de Salvador 2020 está sendo traçado com bandas de fora , e que bandas locais estão sendo esquecidas e substituídas. Bandas que lutam para resgatar e revitalizar a tradição do Axé, estão deixadas de lado por parte da prefeitura e do governo , que ao invés de valorizar e incentivar espaço para bandas e artistas locais , priorizam o trazer bandas de fora , com custos maiores e outras culturas. Bandas lutam para mantem vivo o “Axé” , tiveram seus nomes substituídos por bandas de forró , funk e eletrônico, que ganharam espaço no carnaval de salvador 2020.
Se o Carnaval de Salvador é culturalmente conhecido pelo Axé, e por revelar e exaltar bandas locais . Como será o Carnaval 2020 com a tradicional pipoca ? Com forró e eletrônico? Como imaginar a Sapucaí no Rio de Janeiro, sem o samba? Recife sem frevo? E como será o Carnaval de Salvador sem Axé?
*Roberta Freitas, jornalista
Sem Comentários!
Não há comentários, mas você pode ser o primeiro a comentar.