Assim como o município de Santa Bárbara, na região de Feira de Santana, uma em cada duas cidades do Nordeste está em estado de emergência por causa da seca, que chega ao seu quinto ano consecutivo na região.

Dados do Monitor de Secas do Nordeste do Brasil, elaborado pela Funceme (Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos), mostra que a estiagem chegou em setembro ao estágio mais severo dos últimos 12 meses.

Quase 100% do território nordestino enfrenta um cenário de seca, mesmo nas faixas litorâneas, com impactos como perda das lavouras, morte dos rebanhos e esvaziamento dos reservatórios de água.

Reservatórios – Maior reservatório do Nordeste, Sobradinho – que fica no rio São Francisco – está com 7,1% de sua capacidade e pode chegar ao volume morto até o final deste ano. No Ceará, o Castanhão, reservatório que abastece Fortaleza, chegou a 5% da capacidade.

Barragens de pequeno e médio porte também secaram. O resultado são 280 cidades de seis Estados enfrentando racionamento ou em colapso no abastecimento.

O cenário mais grave é o da Paraíba, onde 118 cidades estão com problemas no abastecimento. Destas, 30 cidades estão em colapso e dependem de poços ou carros-pipa.

O Ministério da Integração Nacional atualmente atende a 824 municípios em área de seca com carros-pipa, ao custo de R$ 86,8 milhões por mês.