O ministro Alexandre de Moraes, presidente em exercício do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), proibiu que perfis em redes sociais e páginas de veículos ligados a deputados federais, senadores, e influenciadores de conteúdo de extrema-direita, vinculem a imagem de Lula ao Primeiro Comando da Capital (PCC), assim como ao caso do assassinato do ex-prefeito Celso Daniel.

A decisão, assinada nesta segunda-feira (18), foi tomada via TSE. Moraes diz que há um sentido claro na estratégia destes veículos e páginas ligadas a Bolsonaro:

“Há nítida percepção de que as mentiras divulgadas objetivam, de maneira fraudulenta, persuadir o eleitorado a acreditar que um dos pré-candidatos e seu partido, além de terem participaram da morte do ex-prefeito Celso Daniel, possuem ligação com o crime organizado, com o fascismo e com o nazismo, tendo, ainda igualado a população mais desafortunada ao papel higiênico”, escreveu Moraes.

O ministro conclui que o sensacionalismo e a “insensata disseminação de conteúdo inverídico com tamanha magnitude pode vir a comprometer a lisura do processo eleitoral, ferindo valores, princípios e garantias constitucionalmente asseguradas, notadamente a liberdade do voto e o exercício da cidadania.”

A decisão do ministro atinge Flávio Bolsonaro, Carla Zambelli e Otoni de Paula, além de veículos de extrema-direita e páginas em redes sociais ligadas ao bolsonarismo.