A presidente Dilma Rousseff foi vaiada ao afirmar na tarde desta terça-feira (2) que “não pode prescindir de medidas temporárias para estabilidade fiscal” como a aprovação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras), em sua mensagem ao Congresso Nacional.

“Peço que levem em conta a excepcionalidade do momento. Levem em conta dados, e não opiniões”, afirmou a presidente. Enquanto parte do Congresso vaiava, outra aplaudia o discurso apoiando a medida. Ao chegar ao plenário da Câmara Federal, Dilma foi aplaudida. Porém alguns deputados mostravam cartazes onde se lia “Xô CPMF!”, referência direta ao imposto sobre contribuição financeira que o governo pretende retomar neste ano.

Por tradição, a mensagem do chefe do Executivo ao Congresso abre os trabalhos parlamentares do ano legislativo. Esta é a segunda vez que Dilma, como presidente, entrega pessoalmente ao Congresso sua mensagem. A primeira vez foi 2011, primeiro ano de seu primeiro mandato. Na ocasião, a presidente conclamou os governantes municipais e estaduais a se unirem em um “pacto de erradicação da miséria”.

O texto costuma ser levado pelo ministro da Casa Civil. No governo Lula, quando ocupava este posto, a própria Dilma foi ao Congresso levar o texto. Com sua ida ao Legislativo, a presidente pretende fazer um gesto mostrando sua disposição para o diálogo com os parlamentares. O Poder Judiciário também envia sua mensagem e está representado pelo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Ricardo Lewandowski.