Sobre Sílvio Pereira, preso na manhã desta sexta (1) durante a 27ª fase da Operação Lava Jato, o procurador do Ministério Público Federal Diogo Castro disse que o ex-secretário-geral do PT tem envolvimento em fatos recentes ligados à Lava Jato: “Fernando Moura afirmou que ele, em tese, receberia recursos da empreiteira OAS, para que não falasse o que sabia do mensalão. Isso está na nossa representação e realmente foram identificados pagamento da OAS em favor da empresa de Sílvio Pereira”.

As investigações da Polícia Federal mostram que Silvinho, como é conhecido, recebeu R$ 1,611 milhão de fornecedoras da Petrobras ou operadores de propina da estatal entre 2009 e 2012. O Ministério Público Federal investiga se os pagamentos eram uma “mesada” que o PT destinou a Pereira para que ele se calasse sobre crimes cometidos no esquema de compra de apoio parlamentar.

Já o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, levado coercitivamente nesta sexta-feira (1) para prestar depoimento à Polícia Federal, é suspeito de envolvimento em um empréstimo – investigado pela Operação Lava Jato – feito no Banco Schahin pelo pecuarista José Carlos Bumlai. O procurador do MPF disse que a participação de Delúbio foi citada por três pessoas.

“Delúbio Soares foi citado por José Carlos Bumlai, Salin Schain [do Banco Schahin] e  Sandro Tordin [então presidente do Banco] como a pessoa que representou os interesses do Partido dos Trabalhadores no Banco Schahin para a obtenção desse empréstimo fraudulento”, afirmou Castro. Segundo o procurador, em cada uma das versões, Delúbio aparece com uma participação diferente, mas como alguém que estaria ciente do que estava sendo tratado.