Hoje em dia quase todas as funções que uma pessoa precisa utilizar na vida estão na palma da mão. O celular se tornou a nova carteira e principalmente, as atividades financeiras estão praticamente todas no aparelho. Mas para os idosos, muitas vezes, a tecnologia é um empecilho enorme. Se na vida real eles já são vulneráveis a golpes, o ambiente virtual então, isso fica ainda maior.

Devido a pandemia, um número considerável de idosos teve seu primeiro contato com um smartphone e consequentemente houve um aumento de cerca de 60% nesses golpes, informação que a Federação Brasileira
dos Bancos (FEBRABAN) traz. O pouco conhecimento em relação ao ambiente virtual, uma inclusão a esse universo digital acelerada, somado com o bom crédito que aposentados costumar ter na praça criam o cenário perfeito
para os golpistas os terem como alvos.

Entre os golpes mais comuns aplicados ao público da terceira idade, estão as campanhas de phishing (que significa pescaria). Que são os envios de e-mails, SMS e principalmente ligações telefônicas. Em geral, os chamarizes
são questões relacionadas à aposentadoria, com os golpistas, falsamente, dizendo que o benefício estaria bloqueado para roubar dados ou até dinheiro das vítimas. Links falsos também são perigosos para pessoas mais velhas.

Nesse tipo de modalidade, os fraudadores enviam links para capturar dados pessoais. Estes são mais perigosos, já
que as vítimas acabam compartilhando esse conteúdo, e, além de caírem nos golpes, acabam fazendo com que outras pessoas também caiam, sem nem saber. Com a chegada do Pix, ficou mais comum fazer vítimas, já que as
transferências são instantâneas e não é possível pedir reembolso depois.

O perito em crimes digitais Wanderson Castilho explica que o primeiro passo para evitar esses golpes é a informação. Estar sempre atento as notícias sobre os golpes mais comuns que circulam na internet. O especialista ainda recomenda que os idosos sempre peçam ajuda a um familiar antes de compartilhar ou clicar em links
suspeitos. Além disso, estar atento às suas senhas e procurar não usar as mesmas para todas suas redes e aplicativos de bancos. Por isso é melhor diversificar algumas senhas para manter a segurança.

Em nota, a Federação Brasileira dos Bancos (FEBRABAN) e seus bancos informam que investem constantemente e de maneira massiva em campanhas e ações de conscientização em seus canais de comunicação com os clientes para orientar a população a se prevenir de fraudes.

Além da realização de campanhas educativas, os bancos investem cerca de R$ 3,5 bilhões por ano em sistemas de tecnologia da informação (TI) voltados para segurança – valor que corresponde a cerca de 10% dos gastos totais do setor com TI para garantir a tranquilidade de seus clientes em suas transações financeiras cotidianas. Caso a pessoa seja vítima de um golpe como esses, a orientação é fazer um boletim de ocorrência e notificar a instituição bancária o quanto antes.

Por Rodrigo Ferreira

TB