O Coletivo Preserva Ilhéus ingressou com Ação Civil Pública contra o Município de Itabuna pelas ações reiteradas da Prefeitura em “empurrar” as baronesas pelas pontes do Rio Cachoeira, usando retroescavadeiras. O Plano de Revitalização da Bacia do Cachoeira nunca foi cumprido, a emissão de dejetos in natura no rio agrava a poluição das águas e facilita a proliferação das plantas macrófitas chamadas “baronesas” que causam forte impacto, impossibilitando o uso das praias no município vizinho de Ilhéus, já que as ‘baronesas’ que saem de Itabuna vem entrelaçadas com bastante lixo, troncos de árvores, animais vivos e mortos e cobrem toda faixa de areia e restinga, tudo isso agravado pelas enchentes que assolam o Sul da Bahia há 045 dias.

As Instituições pleiteiam o cumprimento da legislação ambiental e que as “baronesas” sejam retiradas em caçambas tendo destinação ambiental adequada, como por exemplo a compostagem,  transformação em biogás, ou serem encaminhadas ao aterro sanitário, emergencialmente.

A ação judicial traz provas dos graves impactos ambientais sofridos no município de Ilhéus e exige que o executivo municipal itabunense efetive a política pública, uma fez que também prejudica a fauna, como capivaras, tartarugas, aves e peixes.

“Infelizmente tivemos de judicializar a questão das baronesas, o GAP apresentou diversos artigos científicos que apontam soluções para este complexo problema, o que falta é o Executivo fazer, pois possui orçamento; ao que parece, ano após ano, esta questão não é prioridade”, afirma Gabriel Macedo, presidente da ONG Grupo de Amigos da Praia que encabeça o processo judicial. As instituições deixam claro que entendem a necessidade de remoção das plantas para segurança da estrutura das pontes, entretanto o manejo não pode ser da forma irregular como sendo feita nos últimos anos.

Vídeo do Prefeito de Itabuna Augusto Castro comandando a operação causou grande indignação na comunidade e lotou redes sociais do prefeito e de blogs com mensagens negativas.

Os danos são imensos, impactando não só o meio-ambiente, saúde humana, como o turismo, a economia, e a prática de esportes.

O processo pode ser consultado pelo site do Tribunal de Justiça da  Bahia  sob número 8009435-27.2022.8.05.0113

De forma inédita e pela primeira vez na história da cidade, o Município de Ilhéus também está processando o Município de Itabuna pelos mesmos fatos e cobrando os danos materiais provocados já que os cofres públicos e impostos dos cidadãos de Ilhéus arcam com todo o custo de limpeza do Litoral, o processo tem número 8010231482022.805.0103