A Veja que chega às bancas neste final de semana mira em Rodrigo Maia (DEM), presidente da Câmara, primeiro nome da linha sucessória de Temer. Segundo a revista, Eduardo Cunha vai delatar Maia.

Leiam a abertura da reportagem:
“Aliados de Michel Temer admitem, em privado, que as revelações contidas na delação premiada do ex-deputado Eduardo Cunha devem agravar ainda mais a situação do presidente no Congresso e ampliar as chances de a Câmara autorizar o Supremo  Tribunal Federal a processá-lo. Seria uma injeção extra de ânimo nos que, na surdina, trabalham para que Rodrigo Maia ascenda ao Planalto. O problema é que o horizonte para Maia é igualmente sombrio: assim como Temer, o atual presidente da Câmara também é citado na delação de Eduardo Cunha – ele aparece, segundo pessoas próximas ao ex-deputado, como “intermediário de interesses na máquina pública e destinatário de recursos de origem ilícita.”

Voltamos. Ainda segundo a Veja, Cunha vai delatar por vingança porque Maia não teria lhe ajudado quando da sua cassação. Ora pois, como dizem os patrícios de além mar, logo quando Rodrigo vira consenso para substituir Temer, a Veja vem com essa novidade. Sabe-se que o núcleo duro do PMDB (Temer, Cunha, Padilha, etc) não comportava gente de outros partidos nem para o bem ou para o mal. Portanto, a princípio, Cunha não tem elementos para atingir Rodrigo a não ser que seja por ilações e associações. Nem se sabe se Cunha mandou tal recado a Rodrigo Maia.

A reportagem parece mais uma chantagem daqueles que sonham com diretas já, apesar de a Constituição prevê no caso do afastamento do presidente da República a ascensão do presidente da Câmara, no caso Rodrigo Maia, que deverá depois de 180 dias, confirmado o afastamento de Temer, convocar eleições devendo o Congresso eleger o novo presidente de forma indireta.

Rodrigo é um potencial candidato. Mas como disse o PGR, Rodrigo Janot, que só deixa o cargo em setembro, até lá, enquanto houver bambu, vai ter flecha. Rodrigo Maia virou alvo.