A vacinação com o imunizante da AstraZeneca/Oxford não deve ser paralisada nos países que usam a vacina contra a Covid-19, segundo recomendaram a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a European Medicines Agency (EMA), que regula as vacinas na União Europeia. As instituições se manifestaram nesta segunda-feira (15) após uma série de países europeus suspender a aplicação da vacina em meio às dúvidas de que o imunizante possa ter causado coágulos em pacientes. Alemanha, Itália e França foram os mais recentes a suspender a aplicação por “precaução”.

No entanto, o que as entidades afirmam é que não há evidências, até então, de que os potenciais efeitos, registrados somente em uma dezena de pacientes na Europa, possam ter sido gerados pela vacina. “A EMA segue sendo da visão que os benefícios da vacina da AstraZeneca em prevenir a covid-19, com seu risco associado de hospitalização e mortes, superam os riscos de efeitos colaterais”, disse a reguladora europeia em comunicado nesta segunda-feira.

A agência europeia afirmou, ainda, seguir investigando junto aos órgãos reguladores nos países onde a vacina está sendo aplicada para entender os motivos dos sintomas em alguns pacientes. O comitê de segurança da agência se reúne amanhã (16), para discutir o caso, e disse que anunciará mais detalhes nos próximos dias.

A Organização Mundial da Saúde também recomendou que a vacinação com o imunizante não seja pausada e reforçou o fato de ainda não ter evidências que justifiquem a medida. “Até o momento, não há evidência que os incidentes são causados pela vacina e é importante que as campanhas de vacinação continuem para que possamos salvar vidas e evitar os problemas graves causados pelo vírus”, disse o porta-voz da OMS, Christian Lindmeier.